sexta-feira, 11 de julho de 2014
Lóris de Kayan - Nycticebus kayan
Munds, Nekaris & Ford, 2013
Pequeno e difícil de observar, o lóris de Kayan foi descoberto nas florestas de Bornéu após minuciosas análises de marcas faciais, que ajudaram a defini-lo como uma nova espécie. As marcas nesta espécie são mais escuras e apresentam um maior contraste com as marcas do Lóris lento de Bornéu (Nycticebus menagensis).
Este lóris é noturno e vive nas copas das árvores onde busca por insetos, frutas, seiva de árvores e néctar, seus principais alimentos.
Descobriu-se também que esse animal apresenta uma mordida tóxica, uma característica jamais observada em nenhum outro primata vivo.
Por conta da crescente devastação de seu habitat por madeireiras e pela caça ilegal, este animal está provavelmente sob sério risco de extinção ou vulnerável.
A toxina do lóris de Kayan é produzida por uma glândula braquial logo abaixo do cotovelo e o lóris costuma lamber esta glândula para ativar a toxina e assim se defender de predadores e atacantes. As mães costumam lamber estas glândulas e então lamber a pelagem dos filhotes como forma de proteção, afastando quaisquer predadores famintos e oportunistas.
quinta-feira, 10 de julho de 2014
Lagostim gigante da Tasmânia - Astacopsis gouldi
Clark, 1936
O lagostim gigante da Tasmânia é conhecido como o maior invertebrado de água doce do mundo. Habita rios, riachos e poços naturais profundos em locais onde há a cobertura da floresta primária, pois se abriga debaixo de troncos caídos no leito dos rios de água cristalina e fresca, com temperaturas até 18°C.
Esses gigantes antigamente eram bastante comuns e não era difícil encontrar indivíduos com mais de 80
centímetros de comprimento e cerca de 5 Kg, hoje é muito raro encontrar espécimes com essas medidas, já que foram bastante perseguidos por caçadores e pescadores. Atualmente é crime capturar esses animais sem permissão.
São animais longevos, podem viver até 40 anos e sua maturidade sexual chega aos 10 anos ou mais. Os machos formam haréns, os quais defendem com valentia contra outros machos invasores que não são tolerados.
São geralmente pacíficos e não atacam sem serem molestados. Caso se sintam ameaçados, erguerão as pinças e poderão atacar, podendo inclusive cortar fora a mão de um adulto.
São animais onívoros, alimentam-se de uma ampla variedade de alimentos vegetais como madeira podre, algas e folhas de plantas aquáticas e as que caem na água. Também apreciam peixes, carniça e outros crustáceos e moluscos aquáticos.
Durante o dia estão ocultos, preferindo sair para comer durante a noite, quando há menos perigos.
Seu epíteto específico é uma homenagem ao naturalista australiano John Gould.
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